O Sistema Solar em Tempo Real

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A Diferença entre Signos e Constelações

Pode ser vista na ilustração abaixo feita por mim (imagem original aqui)

diferença entre signos e constelações
diferença entre signos e constelações

Observação: a ilustração não mostra os graus dos signos em sua exatidão, apenas uma representação aproximada. Observe a posição das constelações (em branco) e dos signos (em azul).

Como expliquei anteriormente, o primeiro signo, Áries, começa a partir do ponto vernal (para o hemisfério norte) – que hoje se encontra na constelação de peixes. Observe também que as constelações não tem a mesma extensão, portanto nunca os signos coincidiram perfeitamente com elas.

Complementando o post anterior, acrescento que o fato dos signos terem todos 30 graus significa que eles tem a mesma duração. No caso do signo solar, que é o que todos conhecem como sendo seu signo, 1 grau equivale aproximadamente a 1 dia.

Uma curiosidade: devido a um fênomeno chamado precessão dos equinócios, o ponto vernal vai mudando de lugar com o passar dos milênios. Quando o ponto vernal estiver na constelação de Aquário > ou seja, quando os astrônomos da vida estiverem dizendo que a Astrologia está errada – “que se você é Ariano na verdade  seria Aquariano!”,  a humanidade terá chegado na tão famosa Era de Aquário.

Acrescento ainda os seguintes artigos que podem ajudar a compreender o que são signos e como eles funcionam:

Do meu Blog:

O que é um Mapa Astral? (explica o que são signos)
As Mudanças no Sistema Solar implicam em Mudanças no Mapa Astral?

Veja também:

Mais  informações sobre o que são signos (blog Gui Salviano)
Precessão dos Equinócios

A Dança do Planetas

O que proponho aqui é uma abordagem astrológica correspondente à ordem das orbes dos planetas a partir do sol, estudando como cada planeta deriva, simbolicamente, da manifestação do planeta anterior. Este artigo irá analisar o significado dos planetas do nosso mapa natal na mesma seqüência em que estes corpos se encontram no sistema solar, e não tem a pretensão de esgotar a simbologia dos mesmos. Não levarei em consideração o planeta Terra neste estudo, pois na astrologia a Terra é o referencial, e, para simplificar, será utilizada a mesma denominação geral (planeta) também para o Sol e para a Lua.

Assim como no sistema solar, em nosso mapa o SOL representa o centro. Em torno do Sol giram todos os demais planetas e corpos do sistema. O sol fornece luz e calor, o sol no nosso mapa também representa o tipo de luz e calor que emitimos. É a qualidade fundamental em torno da qual “giram” nossos planetas – nossa identidade básica. A forma como nossa luz e calor serão manifestados em cada instância do nosso ser é representada e matizada pela posição por signo e casa dos demais planetas do mapa.

MERCÚRIO, primeiro planeta do sistema solar, é o que mais rapidamente se desloca em torno do Sol. Em um mapa natal, Mercúrio simboliza movimento, além de nossa inteligência e capacidade de comunicação.  Se conseguimos nos comunicar, então temos a aptidão básica para nos relacionar. Chegamos então na VÊNUS. Ao nos relacionarmos (com as pessoas e com o mundo), despertamos o nosso desejo, outra energia associada a este planeta. O querer vem de Vênus. Se desejamos algo, alguém ou alguma situação, atribuímos um valor a isso. Ao darmos valor, manifestamos nossa afetividade  – outros dois conceitos representados por este planeta. Vênus também fala da beleza e do senso estético.

Todos estes aspectos do relacionamento ativam o nosso emocional, simbolizado pela LUA. É através da interação com as circunstâncias e sobretudo com outros seres humanos que o todo o nosso conteúdo emocional é ativado. Ele traz consigo toda a carga dos nossos automatismos, nossas reações. A Lua é o corpo celeste que se desloca mais rápido em um mapa natal, representando a inconstância de nossos estados emocionais. Não podemos esquecer que é o corpo celeste que se encontra mais próximo da Terra, ou seja: é nosso referencial mais imediato e primordial. A Lua também fala de tudo o que é familiar, e de nossos padrões de repetição.

Bem, chegamos a um ponto em que o ser humano tem uma mente que pensa, uma capacidade de comunicar-se, conseguindo assim estabelecer relações com outros indivíduos e daí despertar desejos que ativam o seu conteúdo emocional. O próximo estágio é a ação. MARTE, no nosso mapa, fala da maneira como agimos. Muitas vezes, para conseguirmos realizar nossos desejos, seja lá qual a sua natureza, precisamos lutar. Logo, Marte também vem falar de guerras  e da nossa agressividade. Do ponto de vista sexual, o relacionamento vai gerar um desejo (Vênus). O conteúdo emocional (Lua) vai dizer se você banca ou não este desejo. Se você o bancar, o próximo passo será agir para realizá-lo (Marte). Vênus é a capacidade de envolver e seduzir, Marte é forma de conquistar. Vênus é a sensualidade, Marte a sexualidade.

Aqui concluímos os planetas conhecidos como pessoais. Os próximos planetas são considerados como sociais, por terem uma órbita consideravelmente mais lenta em torno do sol que os anteriores. O primeiro destes planetas é JÚPITER. Ele vem falar das escolhas do ser humano. Muito bem, você agiu. Mas a manutenção ou continuidade desta ação está diretamente relacionada às milhares de escolhas que você irá encontrar no decorrer do processo. Sem júpiter, marte é fogo de palha. Ele deseja, age, consegue ou não e era isso. Para escolher ou avaliar o resultado de uma ação, você precisa julgar. Esse juízo de valores que você mesmo faz, o quanto você se permite, também está relacionado a este planeta. Se fizer as escolhas corretas, você irá conquistar (Marte) e desfrutar (Júpiter). Júpiter também representa o otimismo, qualidade fundamental para levar uma ação até o fim. Se você age e sacia o seu desejo, você se expande. Júpiter é o planeta da expansão. Relacionado ao conceito de expansão, temos também o exagero.

Uma expansão infinita acarretaria em uma “explosão” ou “dissolução” do ser, e acabaríamos muito distantes do nosso verdadeiro propósito ou centro de consciência: o sol. Para impor limites e compor uma estrutura, chega SATURNO. Este planeta fala de nossas dificuldades e aponta uma constante necessidade da aprimoramento na área do mapa onde ele se encontra. É onde o indivíduo precisa constantemente se superar. Por representar algo tão importante, ele aponta justamente para o que nos desperta medo. Saturno dá uma “segurada na onda” para que possamos sempre estar conscienciosos do nosso tendão de aquiles, e que enquanto não aprendermos a “fortalecer” esse ponto, a realização dos nossos desejos continuará batendo no vazio. Saturno fala do limite, nosso maior limitador é o tempo. Por isso saturno também é conhecido como um planeta cármico: ele fala das principais questões que temos a resgatar, ele fala do tempo: a nossa vida acontece dentro de um ínterim de tempo. Saturno dá a prudência e a consciência de direcionamento, de realizarmos algo que seja duradouro. Após a avaliação de júpiter caimos no saturno: podemos estar satisfeitos com aquilo que conquistamos, mas sempre queremos algo mais. E é esse algo mais que movimenta o ser humano em direção a sua evolução ou ambição (em vários casos, a ambos). Saturno pesa. É o peso da responsabilidade das nossas escolhas. Só através desta responsabilidade podemos ser livres.

Passamos então aos chamados planetas coletivos. A liberdade é simbolizada por URANO, o próximo planeta do sistema solar. No simbolismo astrológico, Urano “vibra” freneticamente. É associado com eletricidade. Onde ele se encontra no mapa há uma quebra, um despertar, é a área onde acontecem as rupturas com os padrões. Podemos dizer que o urano é uma espécie estado catártico. A energia ficou tão tão reprimida e comprimida em saturno, que quando ela “sai”, sai a mil, “ricocheteando”. É a vibração necesária para não se deixar derrotar pelo pessimismo de saturno, que tantas vezes pesa em nossas vidas. Urano é a reação ao saturno. Pois, uma vez que eu já superei os meus limites, já estou pronto para o novo, e é disso que o Urano vem falar. O saturno é o limite, urano é a quebra. O saturno é a âncora, o urano é a força empenhada em içar a âncora para deixar o navio partir rumo a mares nunca antes navegados. Por vibrar tão intensamente e por buscar o novo, urano é associado também ao inesperado e a acidentes – tudo o que é repentino é de natureza uraniana. No urano já temos consciência de individuação.

Essa vibração toda de Urano acaba resultando numa dissolução – como se ele vibrasse tão rapidamente que no ponto máximo de sua vibração ele se dissolvesse. Chegamos então a NETUNO. Netuno está relacionado à dissolução do ego, só através dela conhecemos a entrega. Por isso, este planeta está ligado aos conceitos de espiritualidade e de amor incondicional. É vivenciando o Netuno que você tem condições de diluir-se no todo e  comungar com algo maior que você mesmo. Netuno é a energia do além. Ele fala também de alcançar estados alterados de consciência, acessar prismas de outras realidades que não a cotidiana – assim Netuno trata de transcendência. Quando você está apaixonado, passa a habitar uma espécie de “universo paralelo”. É nestes estados e universos paralelos que estamos em contato com Netuno. A entrega e a fuga da realidade cotidiana podem ser encontradas também em outros portais netunianos: a espiritualidade, as artes em geral e principalmente a música, o universo onírico ou mesmo as drogas.  Para chegar a manifestação positiva do Netuno, é preciso ter vivido bem o Saturno, pois ele nos dá a base para que não se perca o contato com a realidade do aqui agora. Como nem sempre estamos em sintonia fina com a percepção mais sutil, Netuno pode levar a enganos e ilusões.

Através das experiências vivenciadas no Netuno, temos condições de acessar o que temos de mais profundo e sombrio em nossa alma, representado pelo planeta PLUTÃO. Ao acessar a área onde este planeta está localizado no mapa natal, temos a sensação de que iremos trazer à tona o que há de mais “podre” dentro de nós, nos expondo demais. E que se fizermos isso, não seremos amados. Por isso, temos um certo bloqueio em relação a esta área, como um vulcão prestes a entrar em erupção. É no Plutão que está o grande desafio e potencial de transformação de nossas vidas, pois aqui é que ocorrem os questionamentos que nos levarão a entrar em contato com nosso lado obscuro, conhecê-lo e transmutá-lo. É como mexer numa colméia: podemos sair machucados, mas é onde encontraremos o mel. Tais atos e questionamentos só poderão ocorrer de forma construtiva se vivenciarmos os aspectos positivos de Netuno, caso contrário poderão ter um efeito extremamente destrutivo/corrosivo sobre si mesmo e/ou sobre o meio. Plutão trata das sombras e profundezas, logo ele também fala sobre mistérios  e exerce uma atração magnética sobre a natureza humana. O maior mistério e a maior transformação do ser humano é a morte. Plutão trata da própria obcessão de não pairar na superfície: ele investiga até conhecer o verdadeiro âmago. Quando atingimos o âmago de algo, existe a possibilidade de fusão,  e a fusão mais completa experienciada pelo ser humano ocorre através do sexo.  Por todas essas características, é no plutão que alcançamos nosso verdadeiro poder.

O ser humano vive esta dança dos planetas diariamente. De uma forma ou de outra, sempre acabamos acessando as energias representadas por cada um dos planetas. A questão é que se estivermos conscientes deste processo, estaremos acessando as polaridades positivas destas energias, e elas trabalharão a nosso favor. Caso contrário, nos sentiremos manipulados, coagidos e adotaremos uma atitude fatalista diante das circunstâncias e fatos da vida.

As Mudanças no Sistema Solar implicam em mudanças no Mapa Astral?

Segundo a NASA, o nosso sistema solar hoje é composto por 8 planetas e 5 planetas-anões, além de outros corpos celestes (luas, asteróides, cometas, etc). De acordo com a classificação vigente, Plutão é categorizado como Planeta Anão, assim como Ceres – que era anteriormente considerado como um asteróide.

Muitas pessoas têm me questionado se as leituras astrológicas são modificadas com a descoberta de novos corpos no Sistema Solar, e se a mudança de categorização desses corpos interfere em seu simbolismo.

Em primeiro lugar, é preciso levar em consideração que em Astrologia, chamamos de planetas os corpos analisados em um mapa, incluindo o sol e a lua. Considerando que o mapa é elaborado a partir do ponto de vista geocêntrico, essa denominação não é errada, pois  A palavra “planeta” vem do grego πλανήτης — “planētēs”, “plan”, que significa “aquele que vagueia”, visto que os astrônomos antigos observavam como certas luzes se moviam através do céu em desacordo com as estrelas. Eles acreditavam que esses objetos juntamente com o Sol e a Lua orbitavam a Terra considerada estacionária no centro. ” (Wikipedia)

Assim, essa mudança na interpretação ocorre em parte. Para os significados já atribuídos aos planetas analisados, essa mudança em nada interfere. Isso porque os significados dos planetas, em astrologia, são atribuídos após anos de estudo e observação (ou pelo menos assim deveria ser – tirando um ou outro caso de deslumbramento ou jogadas editoriais). Dessa forma, por exemplo, o significado de Plutão não é modificado pelo fato de ele não ser mais considerado astronomicamente um Planeta, e sim um Planeta Anão. Isso porque através de anos de observação da órbita de Plutão foram levantadas analogias, observados ciclos e estudada sua correspondência aos fatos terrestres. Não existe motivo, portanto, para mudar a simbologia astrológica do planeta em função de uma mudança de “categoria” deste corpo celeste.

Por outro lado, os outros corpos descobertos tendem a ser incorporados no mapa à medida que se desenvolverem mais estudos e observações a respeito dos mesmos… E nesse sentido, sim – a leitura do mapa será modificada- não no sentido de ser invalidada, mas ampliada. A cada novo planeta descoberto e estudado, observamos novos níveis de interpretação astrológica. Entretanto, esses corpos ainda são muito recentes para que se possa chegar a uma conclusão sólida a respeito do que eles representam em um nível pessoal, social e coletivo.

Há a corrente de astrólogos que defende a hipótese de que, para cada signo, o correto seria a utilização de um planeta regente – e que gêmeos/virgem e touro/libra apenas compartilham dos mesmos regentes pois faltavam ser descobertos os planetas que faltavam. Entretanto, hoje se vê um número de planetas maior que o número de signos, o que não invalida essa hipótese mas gera um questionamento: se para cada signo necessariamente devemos ter um regente correspondente, porque não precisamos ter um signo correspondente para cada planeta?

Os astrólogos  que trabalham em uma linha tradicional desconsideram os planetas Urano, Netuno e Plutão do sistema de regências e muitas vezes de suas análises.  Há ainda os astrólogos que trabalham com o sistema de co-regências ou regências duplas para alguns signos.

Eu, pessoalmente, imagino que algum dia o sistema irá virginianamente “se encaixar” – ou teremos um regente por signo, ou dois, ou mais… mas em um sistema de correspondências lógicas- ou TODOS os signos terão dois regentes, ou um só, ou três, etc, porque pessoalmente, para mim, não faz sentido no grande quebra-cabeças cósmico que apenas três signos tenham regência dupla. Ainda assim, pessoalmente eu trabalho com essas regências duplas e principalmente a tradicional no momento de avaliar os prognósticos; mas para a análise do mapa natal, ainda acabo levando um pouco mais em consideração os regentes atuais.  Enfim, cada astrólogo procura trabalhar, dentro de sua lógica e de suas referências, da forma que considera mais correta e que pessoalmente lhe faz mais sentido.

O que é um Mapa Astral?

“O que está em cima é como o que está embaixo,
e o que está embaixo é como o que está em cima”

O Caibalion

Um mapa astral é um retrato do céu no instante do nosso nascimento.
Ok, mas como funciona?

Nascemos no planeta Terra,  que fica no sistema solar.

Assim como a Terra, os outros planetas também realizam seu movimento de translação, ou seja: orbitam ciclicamente em torno do sol, em uma rota elíptica.


Entretanto, nosso ponto de vista é geocêntrico, percebemos os elementos do céu (inclusive o sol) como se eles girassem em torno da Terra.

Esses elementos traçam um caminho conhecido como eclíptica, e as 12 constelações que se localizam neste plano dão nome aos signos do zodíaco. Cada signo é uma fatia de 30 graus da eclíptica, esses signos são contados a partir do ponto vernal – o grau zero de Áries – que é o ponto da entrada da primavera no hemisfério norte. Há cerca de dois mil anos atrás, essas fatias do céu correspondiam às constelações com o mesmo nome. Entretanto, devido a um fenômeno da mecânica celeste chamado precessão dos equinócios, hoje em dia os signos não correspondem mais às constelações homônimas, mas os signos não mudaram de posição! Eles continuam sendo fatias de 30 graus a partir do ponto onde se inicia a primavera, no hemisfério norte,  e o outono, no hemisfério sul.
Assim, o mapa mostra um retrato do sistema solar, do ponto de vista geocêntrico, em um determinado momento. Então, quando falamos que nosso signo é Gêmeos, Leão ou Libra, estamos nos referindo apenas ao signo (porção do céu) que onde o sol se encontra em determinada época. Mas assim como temos o signo do sol, temos também o signo da lua e dos demais planetas do sistema solar. Portanto, os signos indicam em que posição de seu ciclo de translação esses planetas se encontram. A leitura do mapa astral analisa as relações entre esses corpos celestes entre si, de acordo com a projeção deles no céu de acordo com o que “vemos” aqui da Terra.
Quando nascemos, cada planeta localiza-se em um determinado ponto da eclíptica. Entretanto, o céu não é estático e continua seu movimento. A comparação entre a posição marcada no mapa natal e o céu de um dado momento (quais as relações são harmônicas e quais as desarmônicas) dão origem aos prognósticos e previsões astrológicas.
Para saber sobre o que trata o Mapa Natal, clique aqui, e para informações sobre prognósticos, aqui.