As Mudanças no Sistema Solar implicam em mudanças no Mapa Astral?

Segundo a NASA, o nosso sistema solar hoje é composto por 8 planetas e 5 planetas-anões, além de outros corpos celestes (luas, asteróides, cometas, etc). De acordo com a classificação vigente, Plutão é categorizado como Planeta Anão, assim como Ceres – que era anteriormente considerado como um asteróide.

Muitas pessoas têm me questionado se as leituras astrológicas são modificadas com a descoberta de novos corpos no Sistema Solar, e se a mudança de categorização desses corpos interfere em seu simbolismo.

Em primeiro lugar, é preciso levar em consideração que em Astrologia, chamamos de planetas os corpos analisados em um mapa, incluindo o sol e a lua. Considerando que o mapa é elaborado a partir do ponto de vista geocêntrico, essa denominação não é errada, pois  A palavra “planeta” vem do grego πλανήτης — “planētēs”, “plan”, que significa “aquele que vagueia”, visto que os astrônomos antigos observavam como certas luzes se moviam através do céu em desacordo com as estrelas. Eles acreditavam que esses objetos juntamente com o Sol e a Lua orbitavam a Terra considerada estacionária no centro. ” (Wikipedia)

Assim, essa mudança na interpretação ocorre em parte. Para os significados já atribuídos aos planetas analisados, essa mudança em nada interfere. Isso porque os significados dos planetas, em astrologia, são atribuídos após anos de estudo e observação (ou pelo menos assim deveria ser – tirando um ou outro caso de deslumbramento ou jogadas editoriais). Dessa forma, por exemplo, o significado de Plutão não é modificado pelo fato de ele não ser mais considerado astronomicamente um Planeta, e sim um Planeta Anão. Isso porque através de anos de observação da órbita de Plutão foram levantadas analogias, observados ciclos e estudada sua correspondência aos fatos terrestres. Não existe motivo, portanto, para mudar a simbologia astrológica do planeta em função de uma mudança de “categoria” deste corpo celeste.

Por outro lado, os outros corpos descobertos tendem a ser incorporados no mapa à medida que se desenvolverem mais estudos e observações a respeito dos mesmos… E nesse sentido, sim – a leitura do mapa será modificada- não no sentido de ser invalidada, mas ampliada. A cada novo planeta descoberto e estudado, observamos novos níveis de interpretação astrológica. Entretanto, esses corpos ainda são muito recentes para que se possa chegar a uma conclusão sólida a respeito do que eles representam em um nível pessoal, social e coletivo.

Há a corrente de astrólogos que defende a hipótese de que, para cada signo, o correto seria a utilização de um planeta regente – e que gêmeos/virgem e touro/libra apenas compartilham dos mesmos regentes pois faltavam ser descobertos os planetas que faltavam. Entretanto, hoje se vê um número de planetas maior que o número de signos, o que não invalida essa hipótese mas gera um questionamento: se para cada signo necessariamente devemos ter um regente correspondente, porque não precisamos ter um signo correspondente para cada planeta?

Os astrólogos  que trabalham em uma linha tradicional desconsideram os planetas Urano, Netuno e Plutão do sistema de regências e muitas vezes de suas análises.  Há ainda os astrólogos que trabalham com o sistema de co-regências ou regências duplas para alguns signos.

Eu, pessoalmente, imagino que algum dia o sistema irá virginianamente “se encaixar” – ou teremos um regente por signo, ou dois, ou mais… mas em um sistema de correspondências lógicas- ou TODOS os signos terão dois regentes, ou um só, ou três, etc, porque pessoalmente, para mim, não faz sentido no grande quebra-cabeças cósmico que apenas três signos tenham regência dupla. Ainda assim, pessoalmente eu trabalho com essas regências duplas e principalmente a tradicional no momento de avaliar os prognósticos; mas para a análise do mapa natal, ainda acabo levando um pouco mais em consideração os regentes atuais.  Enfim, cada astrólogo procura trabalhar, dentro de sua lógica e de suas referências, da forma que considera mais correta e que pessoalmente lhe faz mais sentido.

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